Fotos: Arquivo Pessoal
Mulher tranquila e falante, Tereza Francisca Cassenote dos Santos, 75 anos, gostava de estar ao lado do marido, o aposentado Amauri Cassenote dos Santos, 72 anos, com quem foi casada por 50 anos. Segundo a família, os dois foram companheiros um do outro em todos os momentos de vida em comum.
- Ela está me fazendo muita falta, estou muito abalado. Em todos os momentos das nossas vidas, estávamos juntos. A Tereza era incansável e tudo que ela fez sempre foi muito bem realizado. Quando ela ficou acamada morando com meu neto, eu passava todas as noites ajudando minha esposa a dormir para depois ir para casa. Nós tínhamos o costume de conversar muito para resolver todas as nossas adversidades - recorda o marido.
Tereza tinha três filhos, Jocemara, Itamara e Heitor (já falecido), e cinco netos, Alessandro, Eduarda, Matheus, Vitória e Maurício, dos quais ela cuidava para que as filhas pudessem trabalhar.
- A vó me ajudou muito. Em todos os momentos importantes da minha vida, ela estava presente. Eu adorava ficar perto dela, conversar e pedir conselhos. Eu a chamava de mãe - recorda no neto Alessandro Santos de Oliveira, 26 anos.
Tereza também tinha um bisneto, o pequeno Alekysandro, 5 anos. Os dois eram muito próximos e brincavam e conversavam muito.
Com a idade mais avançada, Tereza precisou ficar acamada por oito meses e, em dois deles, ficou morando com o neto Alessandro e com a esposa dele, a autônoma Pamela Marion dos Santos, 30 anos. As duas eram companheiras e contavam muitas histórias uma para a outra. Ela também ajudava Tereza a cuidar das galinhas e vacas de leite.
- A dona Tereza não passava um dia sem cuidar dos animais de estimação. Mesmo doente, ela perguntava sobre os bichos, queria cuidar e tratar deles. Eraincansável para ajudar a todos em volta, sempre com um belo sorriso no rosto - relembra Pamela.
A família mora em São Martinho da Serra, no Bairro Dorasnal, há pouco mais de 20 anos, mas Tereza nasceu e se criou em Santa Maria.
De acordo com os familiares, Tereza deixa um legado de persistência e de luta pela vida e pelos sonhos e desejos.
Por 14 dias, ela ficou internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) e, durante todo o tempo em que esteve hospitalizada, contou com a companhia do marido e de Pamela. Ela morreu em 10 de julho e foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério Municipal, em São Martinho da Serra. A família preferiu não divulgar as causas da morte.
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As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122
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